” A calibração garante uma boa medição.” 😉
Para ilustrar melhor as definições acima, vamos tomar como exemplo a medição de um lápis utilizando-se uma régua.
Quando fazemos uma série de medições com razoável exatidão de uma grandeza conhecida obtemos valores com uma determinada dispersão, conforme ilustrado na figura abaixo:
v -> Valor verdadeiro
Vm -> Valor médio (média entre todas as medidas realizadas)
Es -> Erro sistemático (Es = Vv – Vm)
Ea -> Erro aleatório (é determinado utilizando-se métodos estáticos)
Em -> Erro da medição
Valor verdadeiro:
Valor de uma grandeza compatível com a definição da grandeza.
NOTA 1 Na Abordagem de Erro para descrever as medições, o valor verdadeiro é considerado único e, na prática, impossível de ser conhecido. A Abordagem de Incerteza consiste no reconhecimento de que, devido à quantidade intrinsecamente incompleta de detalhes na definição de uma grandeza, não existe um valor verdadeiro único, mas um conjunto de valores verdadeiros consistentes com a definição. Entretanto, este conjunto de valores é, em princípio e na prática, impossível de ser conhecido. Outras abordagens evitam completamente o conceito de valor verdadeiro e avaliam a validade dos resultados de medição com auxílio do conceito de compatibilidade metrológica.
NOTA 2 No caso particular de uma constante fundamental, considera-se que a grandeza tenha um valor verdadeiro único.
NOTA 3 Quando a incerteza definicional, associada ao mensurando, é considerada desprezível em comparação com os outros componentes da incerteza de medição, pode-se considerar que o mensurando possui um valor verdadeiro “essencialmente único”. Esta é a abordagem adotada pelo GUM e documentos associados, onde a palavra “verdadeiro” é considerada redundante.
Erro sistemático:
Componente do erro de medição que, em medições repetidas, permanece constante ou varia de maneira previsível.
NOTA 1 Um valor de referência para um erro sistemático é um valor verdadeiro, ou um valor medido de um padrão com incerteza de medição desprezível, ou um valor convencional.
NOTA 2 O erro sistemático e suas causas podem ser conhecidos ou desconhecidos. Pode-se aplicar uma correção para compensar um erro sistemático conhecido.
NOTA 3 O erro sistemático é igual à diferença entre o erro de medição e o erro aleatório.
Erro aleatório:
Componente do erro de medição que, em medições repetidas, varia de maneira imprevisível.
NOTA 1 O valor de referência para um erro aleatório é a média que resultaria de um número infinito de medições repetidas do mesmo mensurando.
NOTA 2 Os erros aleatórios de um conjunto de medições repetidas formam uma distribuição que pode ser resumida por sua esperança matemática ou valor esperado, o qual é geralmente assumido como sendo zero, e por sua variância.
NOTA 3 O erro aleatório é igual à diferença entre o erro de medição e o erro sistemático.
“A Calibração evita erros nas medidas” 🙂