“A Calibração evita erros nas medidas”
Os erros sistemáticos e aleatórios apresentados acima, são muitas vezes influenciados por fontes de erros que estão ligadas basicamente ao operador e ao método, definiremos abaixo alguns desses erros.
Erro grosseiro: são aqueles que muitas vezes são causados por falta de atenção do operador, anotando um número errado, trocando uma vírgula de posição. Pode ser causado também pelo mal funcionamento do instrumento, um dígito falhando, um ponteiro enroscando. Em medidas elétricas ou temperatura uma simples inversão de polaridade já causa esse tipo de erro.
Erro acidental: Por exemplo durante a medição do consumo de energia elétrica de um aparelho qualquer há uma queda na tensão de alimentação sem que seja percebida pelo operador, isso afetará o resultado final. Durante a pesagem do pãozinho que estamos comprando alguém bate no balcão.
Erro de inserção: Quando a introdução do instrumento de medição interfere na medida, por exemplo quando introduzimos um termômetro de vidro em um recipiente com um líquido a temperatura do termômetro poderá interferir na temperatura do líquido, mudando a característica inicial. Isso pode ocorrer também em medições elétricas, ou até mesmo quando medimos alguma peça com um paquímetro ou micrômetro e causamos deformação na peça.
Erro de Paralaxe: Esse erro ocorre em instrumentos analógicos, devido ao ângulo de visão do operador em relação à escala do instrumento.
Erro de zeragem: Alguns instrumentos de medição apresentam ajustes de zero, caso essa zeragem não esteja correta acarretará um erro de medição.
Como vimos toda a medição realizada apresenta algum tipo de erro, sendo que alguns podemos evitar, outros podemos controlar e até mesmo compensar, mas os erros aleatórios, são impossíveis de serem controlados ou evitados, para isso deve-se determinar a incerteza da medição realizada.
A incerteza de medição é determinada por métodos estatísticos e seus componentes são agrupados em duas categorias TIPO A e TIPO B, dependendo de como foram avaliadas, Tipo A por métodos estatíticos e Tipo B outros métodos.
Incerteza de medição:
Parâmetro não negativo que caracteriza a dispersão dos valores atribuídos a um mensurando, com base nas informações utilizadas.
NOTA 1 A incerteza de medição compreende componentes provenientes de efeitos sistemáticos, tais como componentes associadas a correções e valores atribuídos a padrões, assim como a incerteza definicional. Algumas vezes não são corrigidos efeitos sistemáticos estimados; em vez disso são incorporadas componentes de incerteza de medição associadas.
NOTA 2 O parâmetro pode ser, por exemplo, um desvio padrão denominado incerteza padrão (ou um de seus múltiplos) ou a metade de um intervalo tendo uma probabilidade de abrangência determinada.
NOTA 3 A incerteza de medição geralmente engloba muitas componentes. Algumas delas podem ser estimadas por uma avaliação do Tipo A da incerteza de medição, a partir da distribuição estatística dos valores provenientes de séries de medições e podem ser caracterizadas por desvios-padrão. As outras componentes, as quais podem ser estimadas por uma avaliação do Tipo B da incerteza de medição, podem também ser caracterizadas por desvios padrão estimados a partir de funções de densidade de probabilidade baseadas na experiência ou em outras informações.
NOTA 4 Geralmente para um dado conjunto de informações, subentende-se que a incerteza de medição está associada a um determinado valor atribuído ao mensurando. Uma modificação deste valor resulta numa modificação da incerteza associada.
Para maiores detlhes sobre incerteza de medição pode-se recorrer ao Guia para a Expressão da Incerteza de Medição (GUM).
” A calibração garante uma boa medição.”